sexta-feira, 3 de julho de 2009

As verdades (inventadas) de Arnaldo Bloch, Sérgio Rodrigues e Tatiana Salem Levy agitaram a terceira mesa de ontem


Quais as fronteiras entre a realidade e a ficção? Quais os limites entre o real e o ficcional dentro de uma autobiografia? O que um autor deixa transparcer de si em seus romances? Quais são as verdades invetadas pela literatura? Verdade e ficção, autobiografia e literatura foram os pontos que uniram Arnaldo Bloch, Sérgio Rodrigues e Tatiana Salem Levy na terceira mesa de debates de ontem, na FLIP. Mediados pela professora de literatura comparada, Beatriz Rezende, os autores leram trechos de seus romances e revelaram algumas das etapas do processo de criação de seus livros. Arnaldo Bloch, por exemplo, abriu sua fala mostrando ao público uma foto sua, publicada na capa da revista Manchete - quando ele tinha, então, apenas 1 ano de idade. Descendente direto do clâ dos Bloch - proprietários da antiga rede Manchete -, Arnaldo revela em seu livro detalhes da vida de seu pai e de seus tios (Arnaldo, Boris e Adolfo).

Já Tatiana Salem Levy, vencedora do Prêmio São Paulo de Literatura de 2008 (versão autores estreantes), comentou sobre a origem "familiar" do mote que move o seu premiado romance "A Chave da Casa." Segundo Tatiana, o romance é "uma viagem de busca ao passado de uma família" - partindo-se da ideia de que os judeus, no século XX, ao serem afastados de suas casas, levavam consigo a chave delas, na esperança de que, um dia, pudessem revê-las.

Sérgio Rodrigues, por sua vez, destacou a importância do processo de reescrita quando da elaboração de seus livros: "acredito muito na reescrita," revelou o escritor.

Testadas as fronteiras da realidade e da ficção, ficam as sugestões de leitura dos livros desses autores (e o EDUCATIVA sugere aqui, de forma bem passional, a leitura de "A Chave da Casa," de Tatiana Salem Levy, e "Os Irmãos KaramaBloch," de Arnaldo Bloch).

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