(A.B)
1. A poesia na esquina
escandida em pés heroicos dentro de botas pretas
ritmando saltos e passos em calçadas estrofes
a exibir, solene, seu verso
explícito.
2. A poesia no beco
sem Bandeira, baía, Glória ou linha do horizonte
(re)metaforizada em pedra (quente),
extinta de caminhos drumonndianos
a volatizar narcóticas lições cabralinas.
3. A poesia na cama
hiperbolicamente vendida
eufemisticamente comprada
ironicamente possuída
agonizando atrozes aliterações.
4. A poesia na boca (borrada de batom)
a rimar nos dentes –
entre um cigarro e outro –
seu polissindético lirismo
falso e doloroso e embriagante e urgente.
5. À meia luz, a poesia
escandida em pés heroicos dentro de botas pretas
ritmando saltos e passos em calçadas estrofes
a exibir, solene, seu verso
explícito.
2. A poesia no beco
sem Bandeira, baía, Glória ou linha do horizonte
(re)metaforizada em pedra (quente),
extinta de caminhos drumonndianos
a volatizar narcóticas lições cabralinas.
3. A poesia na cama
hiperbolicamente vendida
eufemisticamente comprada
ironicamente possuída
agonizando atrozes aliterações.
4. A poesia na boca (borrada de batom)
a rimar nos dentes –
entre um cigarro e outro –
seu polissindético lirismo
falso e doloroso e embriagante e urgente.
5. À meia luz, a poesia
aberta
– única poesia possível –
exposta aos olhos patéticos
dos que ainda esperam o pôr-do-sol e versificam nuvens.
dos que ainda esperam o pôr-do-sol e versificam nuvens.
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