quarta-feira, 3 de junho de 2009
terça-feira, 2 de junho de 2009
Edgar Alan Poe e a Literatura Policial foram o tema da melhor mesa de debates do Festival Literário da Mantiqueira.
Abrindo o debate, Fischer lembrou a todos que – no século XIX – foi Edgar Alan Poe também o grande incentivador da narrativa curta (o conto), quando todos os demais escritores davam preferência ao novo gênero que surgia: a longa narrativa romanesca.
Já o escritor Flávio Carneiro, partindo de Poe, revelou que foram as aventuras de Sherlock Holmes as grandes iscas que o atraíram para o universo do gênero policial. Carneiro lembrou que, quando crianças, tais leituras eram a ele proibidas pelos pais – que consideravam que esse tipo de leitura eram “bobagens.” Para Carneiro, o gênero policial é fascinante, pois é capaz de atrair e congregar leitores dos mais diferentes tipos.
Já o escritor Flávio Carneiro, partindo de Poe, revelou que foram as aventuras de Sherlock Holmes as grandes iscas que o atraíram para o universo do gênero policial. Carneiro lembrou que, quando crianças, tais leituras eram a ele proibidas pelos pais – que consideravam que esse tipo de leitura eram “bobagens.” Para Carneiro, o gênero policial é fascinante, pois é capaz de atrair e congregar leitores dos mais diferentes tipos.
Luis Fernando Veríssimo, por sua vez, abriu sua participação nesse debate rebatendo a uma provocação feita pelo mediador Luis Augusto Fischer – que, ao passar a palavra a Veríssimo, brincou com o escritor gaúcho, comentando ironicamente sobre sua conhecida falta de eloquência oral. “Esse negócio de que eu falo pouco é um mito,” respondeu Veríssimo, “na verdade eu não falo pouco. Os outros é que falam muito” – completou.
Sobre sua iniciação, como escritor, no gênero narrativo policial, Veríssimo relembrou as estórias de ED MORTE (espécie de sátira ao padrão do detetive americano, personagem típico das narrativas policias desse país). Enquanto uma versão brasileira desse tipo de detetive, ED MORTE é um anti-herói – que nada descobre e para quem nada dá certo. Sobre sua produção atual nesse gênero, Veríssimo revelou que está escrevendo um novo romance policial, cujo título provisório é “Os Espiões.”
Tendo publicado seu primeiro romance aos 60 anos, Garcia Rosa, que se auto intitulou um ficcionista tardio, lembrou que Poe deu também ao gênero policial a atmosfera de sombra na qual as estórias policiais inserem-se até hoje. Citando Poe, Rosa lembrou que, no fundo, “a essência de todo crime permanece sempre irrevelada” – pois há algo no crime que ultrapassa a razão e a verdade. Segundo Rosa, se a verdade é sempre feita de ideias claras e cristalinas, há no crime uma região de sombras que nunca chega a se iluminar. Pois, por mais que a verdade sobre um crime venha à tona, a essência que levou a ocorrência de tal crime sempre se manterá obscura e irrevelada. “O que se contrapõe a verdade não é a falsidade”, declarou Rosa, “mas o engano.”
Dando margem a fama de falar pouco, Veríssimo arrancou risos da plateia quando, ao ser convidado a comentar as palavras de Garcia Rosa, declarou ironicamente: “faço minhas as palavras do orador que me antecedeu” – e, após as gargalhadas do público, completou: “mas vou falar alguma coisa também.”
Veríssimo então chamou a atenção para o fato de que, de maneira geral, todo romance tem sempre ares de um romance policial – pois todo bom romance tem sempre algo a ser desvendado. No romance policial, todavia e em especial, “o jogo que se faz com leitor é sempre uma questão de linguagem” – disse Veríssimo.
Fechando o debate, Flávio Carneiro lembrou que dificilmente os contos policiais de Poe fariam sucesso se estreassem hoje, pois a estrutura narrativa desses textos são compostas de longas introduções nas quais uma extensa profissão de fé é sempre desenvolvida por Poe.
Na Mantiqueira, Educativa nas Letras conversa com Luís Fernando Veríssimo.
A entrevista completa você confere em nosso programa, SÁBADO (DIA 13 DE JUNHO) e na reprise de DOMINGO (dia 14).
Em São Francisco Xavier, Secretário de Cultura do Estado de São Paulo fala sobre o Festival Literário da Mantiqueira: diálogos com literatura.
Também no programa de SÁBADO (DIA 13 DE JUNHO) e na reprise de DOMINGO (dia 14) o EDUCATIVA apresenta a você essa entrevista na íntegra.
Adriana Ferrari e André Sturm no Educativa nas Letras
Por sua vez, André Sturm – coordenador do festival da Mantiqueira – revelou seu entusiasmo em relação à presença do grande público que prestigiou o evento, destacando que o objetivo esperado em relação ao festival, que era o de promover e estimular cada vez mais o gosto pela leitura e pela literatura, foi atingido. Sobre o público presente à Mantiqueira, André destacou ainda que à coordenaç
As entrevistas com André Sturm e Adriana Ferrari também vão ao ar no programa SÁBADO (DIA 13 DE JUNHO) – com reprise no DOMINGO (dia 14).
Piracicaba marcou presença no Festival da Mantiqueira!
Com o incentivo da Secretaria de Cultura do Município de Piracicaba (Ação Cultural), da Rádio Educativa FM 105,9 e da Editora Adonis, o programa EDUCATIVA NAS LETRAS pode representar a cidade de Piracicaba em mais esse importante evento literário do país. Circulando pelo evento, conversando e entrevistando escritores, o EDUCATIVA conferiu de perto as principais atrações dessa festa literária – para poder levar até você um resumo do que de melhor aconteceu por lá.
E além da equipe do EDUCATIVA NAS LETRAS, um grupo de contadores de estórias – liderados pela escritora e contadora de estórias Carmelina de Toledo Piza – encantou a todos os que passavam pela praça central do evento. Sobre a colcha de retalhos, os contadores de estórias desfilaram seus encantos e atraíram crianças, jovens e adultos. Ao lado de um banner da cidade de Piracicaba, Carmelina contou estórias, conversou com o público ali presente e concedeu várias entrevistas a jornais e a programas de televisão que faziam também a cobertura desse festival literário.
As fotos dessa grande festa você confere aqui!
E além da equipe do EDUCATIVA NAS LETRAS, um grupo de contadores de estórias – liderados pela escritora e contadora de estórias Carmelina de Toledo Piza – encantou a todos os que passavam pela praça central do evento. Sobre a colcha de retalhos, os contadores de estórias desfilaram seus encantos e atraíram crianças, jovens e adultos. Ao lado de um banner da cidade de Piracicaba, Carmelina contou estórias, conversou com o público ali presente e concedeu várias entrevistas a jornais e a programas de televisão que faziam também a cobertura desse festival literário.
As fotos dessa grande festa você confere aqui!
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