O pernambucano Marcelino Freire, prêmio Jabuti em 2006 com o livro "Contos Negreiros" (Editora Record), esteve em Piracicaba para participar das comemorações de entrega do 7º Prêmio Escriba de Contos - que aconteceram nas noites de quinta e sexta-feira últimas, dias 3 e 4 de dezembro, no Engenho Central. 
Na quinta-feira, Marcelino tomou parte de um bate-papo literário ao lado do também escritor Jaime Leitão. O bate-papo, que teve a mediação de Alexandre Bragion (da equipe do EDUCATIVA NAS LETRAS), abordou, como não poderia deixar de ser, o gênero "micro-contos" - especialidade de Marcelino e Jaime Leitão. Na oportunidade, os autores leram alguns de seus micro-contos - quando um verdadeiro resgate sobre a história desse gênero foi também apresentado por eles. Generoso e extremamente simpático - dono de uma prosa enxuta, cortante e inovadora -Marcelino mostrou por que figura entre os grandes nomes de nossa literatura contemporânea brasileira. Sem prosopopeias ou rapapés, seus contos - mini-contos, micro-contos e "nanocontos" - detonam o convencionalismo literário e destroem a ficção "amiga", "verborrágica" e "lugar-comum" que tanto ainda impera nos catálogos e nas estantes das mais variadas editoras e livrarias do país.
Salve, Marcelino!
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CONTO NANICO N° 29: - Papai Noel não existe, meu filho. / Disse ela ao Menino Jesus.
CONTO NANICO N° 31: - Eu nunca chamei minha mu mu mu mulher de vaca. Juro, doutor.
CONTO NANICO N° 22: - Sua vaca, quem era aquele cara que sorriu para você? /-O meu marido.
CONTO NANICO N° 21: Tentava encontrar o meu ponto G com o GPS.
CONTO NANICO N° 18: Atéia fogo na igreja.
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