Se você é homem, preste bem atenção. Dentro de poucos dias o nosso modesto e até então eterno posto de líderes incontestes da humanidade chegará ao fim. É sério! Vai se acostumando. Para 2011, os signos do zodíaco apontam o domínio de mercúrio sobre todos os seres. Entendeu? Eu também não sei muito bem o que isso significa, mas pelo que andam dizendo por aí 2011 será o ano da consolidação do poder feminino. Em outras palavras, agora é hora das onças beberem água – ficou mais claro, não é? Então, meu caro, apanhe aquela cueca caída no chão do banheiro, tire a toalha molhada de cima da cama e – o quanto antes – faça as pazes com sua mulher (ou namorada), com sua mãe e (ou) irmãs. Depois, saia escondido para ler o resto desta crônica – e torça para que nenhuma delas o pegue em flagrante delito.
Talvez você ainda não tenha se dado conta, mas após 500 anos de história o Brasil empossará, logo no dia 1 de janeiro, uma mulher na presidência. É fato. E, por inspiração, pode acreditar que um sem-fim de “presidentas” vai se multiplicar em nossas casas. É a tendência, meu amigo. E não adianta fazer oposição – a palavra de ordem, agora, é negociação. Isso porque, além da presidenta, tomam posse também em janeiro um ministério do qual fazem parte nada menos do que nove mulheres! Já imaginou? Assim, e em espelho, você acha que as Dilmas da vida cotidiana e suas ministras amigas vão permitir a menor oposição masculina? Pode esquecer. E nem pense em tentar se valer de agrados ou corrupção: felizmente as mulheres (dizem elas) são incorruptíveis! O negócio mesmo é tirar os sapatos do caminho, limpar o cinzeiro da sala, recolher o cocô do cachorro e pronto – nada de discussão.
Ante o império feminino e feminista que se eleva no ano que começa, lamento dizer que de nada adianta rezar. Dentre as religiões mais prestigiadas no país, a epifania feminina também chega ao ápice neste ano. Para se ter uma ideia dessa “assunção feminista”, a igreja católica já anunciou que 2011 será o ano, por excelência, para se render homenagens a Madre Tereza de Calcutá. Em Salvador, na Bahia, por sua vez, já está programada para maio desse ano a missa de beatificação de outra mulher: irmã Dulce. Já nas tradições do sincretismo afro-brasileiro, pelo que consta o ano 2011 será regido pelos orixás femininos Iemanjá e Oxum – o que faz da década que se inicia um período de maternidade, de dominação da mulher e do poder do amor feminino. Ou seja: muito cuidado. Rezar pode ser o mesmo que dar um tiro no pé. Afinal, por uma questão de fidelidade, duvido muito que as santas e demais divindades femininas deem sequer uma colher de chá à nossa agora decrépita ala masculina.
O jeito é se conformar – e tentar passar despercebido sob a mira dos olhares femininos, porque nada pode ser mais perigoso em 2011 do que estar debaixo da vigilância das mulheres. Contudo, na tentativa de se mimetizar ao poder feminino há ainda uma solução menos política, mais radical e bem mais cortante: mudar sexo! De minha parte, seguramente prefiro aplaudir a força feminina que se ergue – mantendo-me impávido e inteiro como vim ao mundo. Que venham as mulheres! Afinal, nós homens não sonhamos sempre com um mundo só de mulheres? Já era hora. Mesmo porque, para falar a verdade, o poder feminino sempre existiu à sombra. Não dá para fugir dele. Por isso, quando as luzes dos fogos do reveillon estiverem anunciando a chegada de 2011, o melhor que os homens têm a fazer é saudar o poder e o triunfo de nossas mulheres. Então, festejemos a ascensão delas ao som de uma boa música – que obviamente deverá vir dos discos de Ivete Sangalo, Vanessa da Mata, Maria Rita, Mariana Aydar...
É isso! E um feliz 2011 para todos nós (e para todas elas)!
Talvez você ainda não tenha se dado conta, mas após 500 anos de história o Brasil empossará, logo no dia 1 de janeiro, uma mulher na presidência. É fato. E, por inspiração, pode acreditar que um sem-fim de “presidentas” vai se multiplicar em nossas casas. É a tendência, meu amigo. E não adianta fazer oposição – a palavra de ordem, agora, é negociação. Isso porque, além da presidenta, tomam posse também em janeiro um ministério do qual fazem parte nada menos do que nove mulheres! Já imaginou? Assim, e em espelho, você acha que as Dilmas da vida cotidiana e suas ministras amigas vão permitir a menor oposição masculina? Pode esquecer. E nem pense em tentar se valer de agrados ou corrupção: felizmente as mulheres (dizem elas) são incorruptíveis! O negócio mesmo é tirar os sapatos do caminho, limpar o cinzeiro da sala, recolher o cocô do cachorro e pronto – nada de discussão.
Ante o império feminino e feminista que se eleva no ano que começa, lamento dizer que de nada adianta rezar. Dentre as religiões mais prestigiadas no país, a epifania feminina também chega ao ápice neste ano. Para se ter uma ideia dessa “assunção feminista”, a igreja católica já anunciou que 2011 será o ano, por excelência, para se render homenagens a Madre Tereza de Calcutá. Em Salvador, na Bahia, por sua vez, já está programada para maio desse ano a missa de beatificação de outra mulher: irmã Dulce. Já nas tradições do sincretismo afro-brasileiro, pelo que consta o ano 2011 será regido pelos orixás femininos Iemanjá e Oxum – o que faz da década que se inicia um período de maternidade, de dominação da mulher e do poder do amor feminino. Ou seja: muito cuidado. Rezar pode ser o mesmo que dar um tiro no pé. Afinal, por uma questão de fidelidade, duvido muito que as santas e demais divindades femininas deem sequer uma colher de chá à nossa agora decrépita ala masculina.
O jeito é se conformar – e tentar passar despercebido sob a mira dos olhares femininos, porque nada pode ser mais perigoso em 2011 do que estar debaixo da vigilância das mulheres. Contudo, na tentativa de se mimetizar ao poder feminino há ainda uma solução menos política, mais radical e bem mais cortante: mudar sexo! De minha parte, seguramente prefiro aplaudir a força feminina que se ergue – mantendo-me impávido e inteiro como vim ao mundo. Que venham as mulheres! Afinal, nós homens não sonhamos sempre com um mundo só de mulheres? Já era hora. Mesmo porque, para falar a verdade, o poder feminino sempre existiu à sombra. Não dá para fugir dele. Por isso, quando as luzes dos fogos do reveillon estiverem anunciando a chegada de 2011, o melhor que os homens têm a fazer é saudar o poder e o triunfo de nossas mulheres. Então, festejemos a ascensão delas ao som de uma boa música – que obviamente deverá vir dos discos de Ivete Sangalo, Vanessa da Mata, Maria Rita, Mariana Aydar...
É isso! E um feliz 2011 para todos nós (e para todas elas)!
Salve, José Maria!
ResponderExcluirObrigado pela visita e seja sempre bem-vindo!
Também já estamos linkados ao seu blog.
Muito prazer em conhecê-lo.
Abraços!
Equipe Educativa nas Letras
Alê, achei o seu artigo bastante espirituoso, ponderado e porque não dizer, cuidadoso. Depois do que voce disse, é melhor mesmo não medir forças com as mulheres, rs. Parabéns! Muito bom! Abraço!
ResponderExcluirPeralá, explica direito, Alê! Essa história de Mercúrio do nosso lado vai durar um ano, uma década ou... podemos mesmo botar as manguinhas de fora? :) Belo texto! Feliz 2011!
ResponderExcluirCaras Shirley e Carla!
ResponderExcluirObrigado pela visita e pelas palavras!
Olha... acho que esse negócio de mercúrio vai durar até o fim do milênio, viu! Nós homens estamos perdidos! Ou não... (rsrsrs)!
Bem, falando muito bem mesmo das mulheres - sempre - ainda mais agora, quase por obrigação (ou por excesso de amor por elas) digo que você tem toda a razão.
ResponderExcluirAmemos as mulheres. E rezemos para que elas nos amem com os nossos defeitos, antes escondidos ou espalhados para que não notassem a sua totalidade.
Abraços!